6 de agosto de 2010

O deserto, os desertos do mundo!

Olá Abelhuscas,

O deserto faz qualquer coisa dentro de nós, não passa indiferente, faz-nos pensar, reflectir, analisar.

Será que o deserto nos traz a solidão? Só esta parece ser tão vazia como um deserto, como todos os desertos. Será por isso que existem os oásis. Será que o deserto força uma necessidade de transcendência que suaviza essa solidão.

Acabou por ser aqui algumas das experiências mais ricas desta viagem. Foi também aqui que observamos com mais intensidade o ritual proposto pelo Alcorão. Foi também aqui que observamos as figuras escuras, deslizantes de seres humanos escondidos do mundo, que passa a correr, apesar de o tempo, por aqui, ser contado de forma lenta. Receamos que isso possa ser um arrastar de uma penitencia imposta pela interpretação de uma religião que, seguramente, não pede este tipo de segregação, este deserto de vida, sem qualquer oásis.

É o que parece e nem sempre o que parece é. Assim o desejamos.

Desculpem a escrita cheia de balanços, mas é da rapidez da viagem. Hoje teve de ser assim.

Beijinhos

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